Sul-Americana: Independiente x Universidad de Chile é cancelado após caos em Avellaneda

O jogo entre Independiente e Universidad de Chile, válido pela volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana, terminou em cenas de guerra nesta quarta-feira (20), em Avellaneda. A partida, que estava empatada em 1 a 1 no intervalo, foi suspensa e posteriormente cancelada pela Conmebol após graves confrontos entre torcidas no estádio Libertadores de América.

O time chileno abriu o placar com Assadi, aos 11 minutos, e os argentinos empataram com Montiel, aos 27. Mas o futebol ficou em segundo plano. De acordo com o jornal Olé, torcedores da La U incendiaram objetos no setor visitante e arremessaram cadeiras em direção aos rivais. A resposta foi imediata: parte da torcida do Independiente invadiu o setor adversário e iniciou agressões.

Imagens que circularam nas redes sociais mostram chilenos usando barras de ferro e pedras contra argentinos, enquanto outros pulavam da arquibancada para fugir. Alguns torcedores chegaram a invadir o gramado em busca de proteção. O segundo tempo começou, mas durou apenas dois minutos antes de nova interrupção. Após 20 minutos de tensão, jogadores e arbitragem foram para os vestiários e o sistema de som ordenou a saída da torcida visitante — ordem que não foi totalmente obedecida, intensificando os confrontos.

Segundo o portal TyC Sports, pelo menos 10 pessoas ficaram feridas, algumas em estado grave, e mais de 300 torcedores foram detidos. A ESPN ainda destacou que a Universidad de Chile recebeu cerca de 5 mil ingressos, número acima da capacidade do setor destinado aos visitantes, resultado de negociação entre os clubes.

Com o empate parcial, a classificação ficaria com os chilenos, já que haviam vencido a ida por 1 a 0. No entanto, o desfecho agora dependerá do julgamento disciplinar da Conmebol.

Em nota, a entidade afirmou que a suspensão ocorreu por “falta de garantias de segurança por parte do clube local e das autoridades” e confirmou o cancelamento da partida. O caso será analisado pela Comissão Disciplinar, que definirá eventuais punições e o futuro da eliminatória.