Série C do Brasileirão terá jogos na TV aberta em 2025 e ganha novo fôlego midiático
A edição de 2025 da Série C do Campeonato Brasileiro promete ser uma das mais visíveis da história da competição. Após acordo firmado de última hora entre a Band e os organizadores do torneio, dois jogos por rodada serão transmitidos em sinal aberto pela emissora, que retorna à cobertura da Série C após dois anos de ausência. A novidade marca um passo importante na valorização da terceira divisão como produto esportivo e de entretenimento.
A estreia da transmissão já está confirmada para o sábado, 12 de abril, com o duelo entre Figueirense e Ponte Preta, dois clubes tradicionais do futebol brasileiro. Outro jogo com boas chances de aparecer na grade é Botafogo-PB x Confiança, clássico regional de forte apelo no Nordeste. Ao todo, a Band exibirá dois confrontos por rodada, com foco em praças regionais estratégicas, como o interior de São Paulo e a região Nordeste — especialmente Recife, em razão da presença do Náutico.
O acordo, revelado pela Folha de S. Paulo, mostra uma mudança de postura das emissoras em relação às divisões inferiores do futebol nacional. A Série C, que por muito tempo enfrentou dificuldades em atrair cobertura e investimento, começa a se firmar como uma liga atrativa, com clubes de grande torcida e tradição, como Guarani, Ponte Preta, Paysandu, Figueirense, Náutico, CSA e outros. A expectativa é de que a exposição em TV aberta ajude a ampliar o alcance da competição, atraindo novos torcedores e patrocinadores.
Além da Band, a Série C seguirá com ampla cobertura multiplataforma. O canal Nosso Futebol transmitirá todos os jogos via pay-per-view, enquanto o YouTube do Nosso Futebol oferecerá uma partida gratuita por rodada. Essa combinação entre sinal aberto, streaming pago e canal digital gratuito forma um modelo híbrido de distribuição, cada vez mais comum no esporte moderno.
Para os clubes envolvidos, a maior visibilidade representa não apenas retorno de marca e maior engajamento das torcidas, mas também potencial de receita. Ao mesmo tempo, aumenta a pressão por estrutura, competitividade e profissionalismo na gestão esportiva. A CBF, por sua vez, fortalece o calendário nacional e cumpre o papel de democratizar o acesso às competições.