Semana de afirmação: Brasil mantém invencibilidade e sonha com título inédito no Mundial de vôlei
A última semana consolidou o Brasil como uma das forças do Mundial de vôlei feminino, disputado na Tailândia. Com vitórias sobre Grécia, França e Porto Rico na fase classificatória, a Seleção garantiu a liderança do grupo com 100% de aproveitamento e confirmou o favoritismo ao avançar para as quartas de final. O ponto alto foi o triunfo desta quinta-feira (4), em Bangkok, contra a França, por 3 sets a 0 (27/25, 33/31 e 25/19), resultado que selou a vaga na semifinal.
O duelo com as francesas evidenciou a solidez da equipe. As centrais Júlia Kudiess e Diana brilharam no bloqueio e no ataque, somando 20 pontos, enquanto Gabi Guimarães e Júlia Bergmann mantiveram o volume ofensivo. Mesmo pressionado no segundo set, o Brasil mostrou resiliência e fechou o jogo sem perder parciais, sinal de que o time amadureceu em momentos decisivos.
Esse desempenho reforça a meta de conquistar o título que falta no currículo da Seleção. O Brasil soma três pratas (1994, 2006 e 2010) e um bronze (2014), mas ainda persegue o ouro mundial, um feito que escapou mesmo em gerações históricas. A campanha atual, marcada pela consistência, reacende a esperança de quebrar esse tabu.
O próximo obstáculo será a Itália, adversária da semifinal neste sábado (6), às 9h30 (horário de Brasília). O confronto é cercado de expectativa: além de reeditar a final da Liga das Nações deste ano, vencida pelas italianas, coloca frente a frente duas das maiores estrelas do torneio, Gabi e Paola Egonu. Para avançar, o Brasil terá de lidar com a potência ofensiva da oposta italiana, que costuma decidir em jogos grandes.
O panorama das rivais mostra o tamanho do desafio. A Itália chega embalada após superar confrontos duros e aposta no poder de Egonu e no equilíbrio do time de Davide Mazzanti. Os Estados Unidos, atuais campeões olímpicos, também permanecem fortes na competição, com destaque para Karch Kiraly no comando e para jogadoras versáteis que dão estabilidade à equipe. Já a China, dona de três títulos mundiais, segue perigosa, especialmente pelo volume de ataque das suas ponteiras, embora tenha apresentado oscilações em alguns jogos.
No balanço da semana, o Brasil exibiu um coletivo mais sólido, rodou o elenco com inteligência e viu jovens como Diana ganharem protagonismo ao lado de veteranas. A estratégia de Zé Roberto de mesclar experiência e renovação tem dado certo, mantendo o grupo competitivo mesmo em jogos longos.
A semifinal contra a Itália será o maior teste até aqui, mas a Seleção chega embalada, confiante e cada vez mais próxima de transformar uma campanha consistente em uma conquista histórica. A semana terminou com a sensação de que o Brasil, enfim, está preparado para romper a barreira e escrever um capítulo inédito em sua trajetória no vôlei feminino mundial.