Semana da NFL no Brasil: expectativa, ajustes e impacto fora de campo
A semana que antecede o segundo jogo da NFL no Brasil foi marcada por uma mistura de empolgação, logística intensa e grande expectativa da torcida. Na sexta-feira (5), a Neo Química Arena, em São Paulo, recebe o duelo divisional entre Los Angeles Chargers e Kansas City Chiefs, válido pela abertura da temporada regular.
Logo na chegada, os Chargers viveram um contratempo: o desembarque no Aeroporto de Guarulhos coincidiu com uma queda de energia. Ainda assim, a delegação seguiu o cronograma e realizou o primeiro treino no CT Joaquim Grava. O quarterback Justin Herbert falou sobre a experiência inédita na América do Sul e destacou a ansiedade para sentir a atmosfera do público brasileiro, conhecido pela paixão e pelo barulho nas arquibancadas.
Outro ponto de atenção foi o gramado. No ano passado, após o confronto entre Eagles e Packers, houve críticas à condição do campo. Dessa vez, a Neo Química passou por reformas durante a pausa para o Mundial de Clubes, e a expectativa é de que o palco esteja em melhores condições para receber astros como Herbert e Patrick Mahomes. O camisa 10 dos Chiefs, atual tricampeão de Super Bowl, chega como o grande nome do evento e aumenta o peso da partida.
A escolha do Brasil como sede não é casual. O país já soma mais de 41 milhões de fãs da modalidade, segundo dados da NFL, e figura como segundo maior mercado internacional, atrás apenas do México. O sucesso do primeiro São Paulo Game em 2024, com ingressos esgotados em poucas horas e impacto econômico de US$ 60 milhões, abriu caminho para a continuidade do projeto. Neste ano, a expectativa é novamente de estádio cheio, com cerca de 48 mil pessoas.
O confronto também serve de vitrine para a expansão da liga. A NFL planejou sete partidas internacionais em 2025, recorde histórico, e projeta transformar o Brasil em base estratégica na América do Sul. Iniciativas como o NFL Flag, que já atingiu milhares de jovens desde 2023, reforçam a intenção de formar uma nova geração de atletas e fãs.
Se dentro de campo a promessa é de duelo equilibrado entre dois rivais de divisão, fora dele o impacto já é palpável: redes sociais aquecidas, turistas movimentando São Paulo e um clima de evento global. A semana mostrou que a NFL não veio apenas para realizar um jogo, mas para fincar raízes em um dos mercados esportivos mais vibrantes do mundo.