Primeiro SP Open entra para a história com recorde de público e destaque brasileiro
A estreia do SP Open, disputado no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, consolidou-se como um marco para o tênis brasileiro. O torneio trouxe de volta à capital paulista um evento WTA 250 após 25 anos e superou expectativas em todos os aspectos: público, organização, participação de patrocinadores e resultados esportivos.
Durante nove dias de competição, mais de 33 mil pessoas passaram pelo complexo, que contou com um boulevard de 8 mil m², 38 marcas patrocinadoras e diversas ativações que transformaram o espaço em um ambiente de esporte, entretenimento e gastronomia. Além disso, as sete quadras do parque foram totalmente reformadas e permanecerão disponíveis ao público, deixando um legado permanente para a cidade.
O protagonismo brasileiro foi um dos pontos altos da competição. Ao todo, 12 tenistas do país participaram entre simples e duplas. A jovem Nauhany “Naná” Silva, nascida em 2010, entrou para a história como a primeira atleta de sua geração a vencer um jogo em nível WTA. Ana Candiotto também conquistou sua primeira vitória, enquanto Beatriz Haddad Maia, número 1 do Brasil, alcançou as quartas de final e manteve o tênis nacional em evidência.
A final de duplas confirmou a força local, reunindo três brasileiras. Em confronto emocionante, Luisa Stefani e a húngara Timea Babos derrotaram Ingrid Martins e Laura Pigossi por 2 sets a 1 (4/6, 6/3 e 10/4), em um dos momentos mais celebrados do torneio.
Na chave de simples, a francesa Tiantsoa Rajaonah, de apenas 19 anos, foi a grande revelação. Vinda do 214º lugar do ranking, ela conquistou seu primeiro título WTA ao bater a indonésia Janice Tjen por 6/3 e 6/4, saltando para a 131ª posição mundial e escrevendo seu nome como a primeira campeã do SP Open.
O evento também prestou homenagens marcantes. A quadra central recebeu o nome de Maria Esther Bueno, maior referência do tênis feminino no Brasil, acompanhada da inauguração de uma estátua em sua memória. Ex-tenistas nacionais que alcançaram o top 100 da WTA, como Niege Dias, Teliana Pereira e Patrícia Medrado, também foram reverenciadas e aplaudidas pelo público.
Com transmissão para cerca de 170 países, geração de 3.500 empregos e uma premiação de US$ 275 mil, o torneio mostrou sua relevância além das quadras. A primeira edição do SP Open não apenas resgatou a tradição de São Paulo no circuito internacional, como também se estabeleceu como um passo fundamental para o fortalecimento do tênis feminino brasileiro.