FPF bane Gaviões da Fiel até o fim de 2026: impacto, bastidores e repercussões da decisão que marcou a semana

FPF bane Gaviões da Fiel até o fim de 2026: impacto, bastidores e repercussões da decisão que marcou a semana

A semana no futebol paulista foi marcada por uma das decisões mais rígidas dos últimos anos. A Federação Paulista de Futebol (FPF) atendeu a recomendação do Ministério Público de São Paulo e proibiu a presença da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, em qualquer competição sob sua responsabilidade até dezembro de 2026. A portaria, assinada pelo vice-presidente Mauro Silva, entrou em vigor imediatamente e passa a ser fiscalizada pelos órgãos de segurança do Estado.

A medida impacta diretamente a rotina dos jogos do Corinthians em território paulista: está vetada não apenas a entrada de integrantes da organizada, mas também de bandeiras, faixas, camisas, instrumentos, mosaicos e de qualquer item que remeta ao grupo. A FPF afirma que todas as normas que contrariavam a nova determinação foram automaticamente revogadas.

A recomendação do Ministério Público foi motivada por preocupações com a segurança nos eventos esportivos, que têm sido monitorados pelo Juizado Especial Criminal da Capital. A entidade destacou que seu papel é preservar a disciplina nos estádios e minimizar os riscos em partidas de grande público, especialmente em clássicos.

A decisão atingiu o Corinthians num momento de alta visibilidade: o clube vem de uma vitória importante na Copa do Brasil, encerrou um longo jejum contra o Cruzeiro no Mineirão e volta à Neo Química Arena neste fim de semana, precisando confirmar a classificação para a final. Sem a Gaviões nas arquibancadas, o ambiente do estádio deve sofrer uma mudança significativa, já que o grupo tradicionalmente lidera cânticos, coreografias e a mobilização da massa alvinegra.

Internamente, o clube ainda avalia o impacto da portaria. A FPF comunicou que fiscalizará a determinação em conjunto com o MP-SP e com as forças de segurança. A Gaviões, por sua vez, informou que seu departamento jurídico já foi acionado e que “irá se manifestar no momento oportuno”. Nos bastidores, o grupo trata o caso como prioridade máxima e deve buscar reverter ou atenuar a punição.

A medida reacende o debate sobre violência nos estádios, responsabilidade coletiva e o papel das torcidas organizadas no futebol brasileiro. Proibições semelhantes já ocorreram em outros estados e competições, com resultados controversos: se, por um lado, reduzem incidentes de curto prazo, por outro, fragmentam públicos e não eliminam confrontos fora das arenas.

Para o Corinthians, o curto prazo reserva desafios esportivos e institucionais. A reta final da Copa do Brasil, a montagem do elenco para 2026 e a gestão do ambiente no estádio serão influenciadas pelo afastamento da Gaviões. A médio prazo, o clube terá de lidar com um contexto de arquibancada remodelada, enquanto aguarda os desdobramentos jurídicos da decisão.

A proibição se estende até 31 de dezembro de 2026, e vale para qualquer evento organizado pela FPF, incluindo Paulista, Copinha e torneios femininos. Será, portanto, uma mudança profunda na experiência de jogo em São Paulo e um dos temas mais comentados no futebol brasileiro nesta semana.

Inscreva-se para ser o primeiro a receber as últimas notícias sobre o mundo dos esportes e dos jogos de azar

home subscribe background