Divisão do Brasileirão: Libra e LFU Definem o Futuro dos Direitos de Transmissão
O Campeonato Brasileiro vive um momento de transformação com a divisão dos clubes entre dois blocos: a Libra (Liga do Futebol Brasileiro) e a LFU (Liga Forte União). Essas duas entidades adotaram estratégias distintas para a comercialização dos direitos de transmissão da Série A e Série B, garantindo acordos milionários que prometem ampliar o alcance do torneio e diversificar as opções para os torcedores.
Clubes que Compõem a Libra e a LFU
A Libra reúne alguns dos principais clubes do futebol brasileiro, como Flamengo, Palmeiras, São Paulo e Grêmio, além de outras equipes tradicionais, como Atlético-MG, Bahia, Red Bull Bragantino, Santos e Vitória. A associação também conta com clubes da Série B, como Paysandu, Remo, ABC, Guarani e Sampaio Corrêa.
Por outro lado, a LFU agrega uma parcela significativa de clubes da elite do futebol nacional, incluindo Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Internacional e Vasco. Além disso, a liga conta com times da Série B e outras divisões, como Athletico-PR, América-MG, Cuiabá, Goiás, Ponte Preta, Chapecoense e Coritiba.
Essa divisão impacta diretamente na forma como o Brasileirão será transmitido, uma vez que as ligas negociaram seus direitos de mídia separadamente.
Direitos de Transmissão: Modelos Diferentes
A Libra e a LFU adotaram abordagens distintas para comercializar os direitos de transmissão do Brasileirão. Enquanto a Libra fechou um acordo exclusivo com a Globo, a LFU optou por uma venda fragmentada, envolvendo diferentes empresas de comunicação.
A Globo adquiriu os direitos de transmissão de cinco jogos por rodada da Libra por R$ 850 milhões fixos, com ajustes de R$ 100 milhões por clube a mais ou a menos na Série A. Além disso, a emissora terá um percentual da receita gerada pelo Premiere, seu serviço de pay-per-view.
Já a LFU diversificou os parceiros de transmissão, fechando contratos com diferentes plataformas. A Amazon pagará R$ 265 milhões no primeiro ano para exibir uma partida exclusiva via streaming, com reajustes anuais de 10%. A Record transmitirá um jogo por rodada na TV aberta por R$ 200 milhões, o mesmo valor acertado com o YouTube (CazéTV), que desembolsará R$ 175 milhões. Além disso, a LFU garantiu importantes patrocínios, como o acordo com a Betano, que investirá R$ 87 milhões anuais para a Record e o YouTube, além de R$ 40 milhões para a Série B.
Impacto no Futuro do Brasileirão
A comercialização do Campeonato Brasileiro passou por uma revolução nos últimos anos, e a criação da Libra e da LFU reflete uma nova era na gestão dos direitos de transmissão. Com a divisão entre os blocos e a entrada de diferentes plataformas no mercado, os torcedores terão mais opções para acompanhar os jogos, seja pela TV aberta, streaming ou pay-per-view.
Embora as estratégias adotadas por cada liga sejam diferentes, os acordos assinados mostram que ambas conseguiram garantir contratos robustos. A entrada da Amazon e do YouTube no cenário esportivo brasileiro reforça a tendência global de diversificação dos meios de transmissão e pode aumentar ainda mais a popularidade do Brasileirão.