Brasil embala na VNL, Itália vence em virada dramática e talento jovem da China impressiona
A Seleção Brasileira feminina de vôlei terminou a primeira semana da Liga das Nações (VNL) com duas vitórias convincentes por 3 sets a 0: contra a República Tcheca e, mais recentemente, sobre os Estados Unidos. Jogando no Maracanãzinho, o time comandado por Zé Roberto Guimarães demonstrou evolução técnica, com destaque para o sistema defensivo e o bloqueio — alvo de críticas na estreia, mas ponto forte contra as norte-americanas, com 12 pontos diretos.
Ana Cristina foi o grande nome da partida, marcando 20 pontos e declarando que essa pode ter sido sua melhor atuação pela Seleção. “Ainda estou buscando ritmo, mas jogar com essas meninas tem me ajudado muito”, disse a oposta. A jovem atleta também projetou os próximos confrontos contra Alemanha e Itália: “Sabemos que são adversários fortes, mas também estamos crescendo. O foco é na nossa evolução diária”.
Enquanto isso, a Alemanha protagonizou um duelo acirrado contra a Itália, sendo derrotada por 3 sets a 2 (22/25, 25/10, 20/25, 25/13 e 15/9). Ekaterina Antropova brilhou com 31 pontos, e Alice Degradi foi decisiva no tie-break. As alemãs chegaram a liderar duas vezes no placar, com destaque para Lina Alsmeier, mas sofreram com a instabilidade e não conseguiram segurar a força ofensiva das atuais campeãs olímpicas. A capitã Camilla Weitzel reconheceu a necessidade de evolução: “Temos potencial, mas precisamos saber manter a calma nos momentos difíceis”.
Agora, o Brasil encara a Alemanha neste sábado (7), às 13h30, novamente no Maracanãzinho. A partida será um verdadeiro teste de consistência para a Seleção, que busca manter o ritmo e entrosamento demonstrados até aqui.
Outro destaque da semana foi a levantadora chinesa Zixuan Zhang, de apenas 16 anos. A jovem atleta comandou a vitória da China sobre a Sérvia por 3 a 0 com impressionante maturidade e leitura de jogo. Mesmo com a derrota diante da Polônia por 3 a 1 na rodada seguinte, Zixuan se firmou como uma das promessas da competição. Nascida durante os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, ela já se destaca pela titularidade em um elenco experiente e pelo entrosamento com as centrais.
A VNL começa a ganhar ritmo, com veteranas decisivas e jovens talentos assumindo o protagonismo. Para o Brasil, o desafio agora é manter a crescente diante de adversárias que misturam experiência, força e renovação.