Sul-Americana 2025: premiação cresce, mas reajustes seguem abaixo do esperado

Sul-Americana 2025: premiação cresce, mas reajustes seguem abaixo do esperado

A edição 2025 da Copa Sul-Americana começou com bola rolando nos gramados do continente, mas fora de campo o debate sobre a premiação continua em alta. Embora a Conmebol tenha anunciado um aumento no valor entregue ao campeão, o crescimento segue modesto diante das expectativas dos clubes e da comparação direta com a Libertadores.

Desde 2021, quando o torneio passou a ter fase de grupos, os reajustes foram tímidos. Naquele ano, o campeão recebeu US$ 4 milhões. Em 2025, o valor subiu para US$ 6,5 milhões — aumento acumulado de US$ 2,5 milhões em quatro temporadas. Ainda assim, o valor representa menos de um terço do que a Libertadores oferece ao seu campeão, que em 2024 embolsou US$ 23 milhões.

Evolução da premiação

A fase de grupos manteve o valor fixo de US$ 900 mil por equipe desde 2021. Apenas em 2023 foi incluído um bônus por vitória, inicialmente de US$ 100 mil, valor que subiu para US$ 115 mil em 2024 e foi mantido em 2025. Já as fases eliminatórias apresentaram variações pontuais. Em 2024, por exemplo, a Conmebol introduziu uma etapa de “playoff” com premiação de US$ 500 mil, destinada aos terceiros colocados dos grupos da Libertadores que entram na Sul-Americana.

A seguir, os valores de premiação em 2025:

  • Fase de grupos: US$ 900 mil + US$ 115 mil por vitória

  • Playoff: US$ 500 mil

  • Oitavas de final: US$ 600 mil

  • Quartas de final: US$ 700 mil

  • Semifinal: US$ 800 mil

  • Vice-campeão: US$ 2 milhões

  • Campeão: US$ 6,5 milhões


Comparação com a Libertadores

A disparidade entre os dois principais torneios continentais é evidente. Enquanto a Libertadores passou por reajustes substanciais nos últimos anos, com aumentos significativos tanto no valor da premiação final quanto nos bônus por fase, a Sul-Americana ficou atrás. A diferença afeta diretamente o planejamento financeiro dos clubes que disputam o torneio, especialmente os brasileiros, que frequentemente investem alto para montar elencos competitivos.

Clubes brasileiros na disputa

Em 2025, sete clubes do Brasil disputam a Sul-Americana: Atlético-MG, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Grêmio, Vasco e Vitória. Apesar da tradição de algumas dessas equipes, a premiação ainda está aquém do que os clubes esperam para equilibrar seus orçamentos.

A tímida valorização do torneio levanta questionamentos sobre a estratégia da Conmebol em posicionar a Sul-Americana como uma competição atrativa. Para os clubes, é cada vez mais evidente a necessidade de um reajuste mais robusto nas premiações das fases iniciais, a fim de tornar o torneio não só tecnicamente competitivo, mas também financeiramente viável.


Com a crescente cobrança de dirigentes, atletas e torcedores, a expectativa é que a Conmebol reveja sua política de premiações para as próximas edições. A Sul-Americana tem apresentado boas audiências e participação de clubes relevantes, mas precisa acompanhar esse crescimento também fora das quatro linhas.

Enquanto isso, os clubes seguem em busca do título, de olho na taça — e no alívio financeiro que, apesar de modesto, ainda representa um estímulo importante.


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