31 anos sem Ayrton Senna: O legado de um ídolo imortal
No dia 1º de maio de 2025, completaram-se 31 anos da morte do ídolo brasileiro Ayrton Senna, tragicamente falecido durante o Grande Prêmio de Ímola, em São Marino, em 1994. Em entrevista exclusiva Betise Assumpção, que foi assessora do piloto entre 1990 e o dia de sua morte, recordou detalhes emocionantes daquele fatídico fim de semana.
Segundo Betise, Senna não queria correr naquele dia, especialmente após o acidente fatal sofrido por Roland Ratzenberger durante os treinos classificatórios. O piloto austríaco faleceu no dia anterior à corrida, em 30 de abril, após bater violentamente durante a sessão classificatória. Senna estava profundamente abalado e havia tentado cancelar a prova, insatisfeito com a continuidade do evento em meio a tamanha tragédia.
Na manhã da corrida, o clima era pesado e tenso. Senna, conhecido por sua determinação e voz ativa em questões de segurança na Fórmula 1, estava revoltado e frustrado pela falta de poder para suspender a prova. O brasileiro havia iniciado conversas com outros pilotos, buscando discutir uma Fórmula 1 mais segura após os eventos dramáticos daquele fim de semana.
A corrida teve início às 9h de Brasília e, já na sétima volta, Senna sofreu o acidente fatal na curva Tamburello. A imagem da batida foi eternizada na narração de Galvão Bueno, que emocionado disse: "Senna bateu forte". O piloto foi levado ao hospital Maggiore, em Bolonha, onde seu óbito foi oficialmente confirmado às 13h40, apesar de especulações sugerirem que a morte ocorreu instantaneamente.
Betise relatou que inicialmente não percebeu a gravidade do acidente, acreditando tratar-se apenas de um incidente rotineiro. Somente quando percebeu a tensão na equipe Williams compreendeu a seriedade do ocorrido. O choque emocional só a atingiu plenamente horas depois, quando finalmente conseguiu parar para processar a tragédia.
Adriane Galisteu, ex-namorada do piloto, também relembrou a data publicando uma foto do casal nas redes sociais, acompanhada de uma mensagem emocionada: “Mais um 1º de maio pra lembrar de quem jamais será esquecido! Pra sempre Ayrton”. Adriane e Senna ficaram juntos até a morte do piloto, após se conhecerem em 1993.
A morte de Senna gerou uma comoção sem precedentes no Brasil e no mundo. Seu velório em São Paulo reuniu mais de 500 mil pessoas, enquanto seu cortejo atraiu meio milhão às ruas paulistanas. O piloto brasileiro deixou um legado imenso, com três títulos mundiais, 41 vitórias e 80 pódios em 161 corridas disputadas.
Mais de três décadas após sua partida, Ayrton Senna permanece uma referência mundial no automobilismo, símbolo de determinação, talento e luta constante pela segurança nas pistas. Sua memória continua viva em homenagens e inspirações que atravessam gerações.