Brasileiros mantêm protagonismo, mas ficam fora do pódio na Bola de Ouro 2025
A cerimônia da Bola de Ouro 2025, realizada nesta segunda-feira (22) em Paris, coroou o francês Ousmane Dembélé, do PSG, como o melhor jogador do mundo. No entanto, o evento também foi marcado pela presença brasileira em diferentes categorias, confirmando a relevância do país no cenário internacional, ainda que nenhum representante tenha alcançado o tão sonhado troféu.
No prêmio principal, a Bola de Ouro masculina, o grande nome do Brasil foi Raphinha (Barcelona). O atacante viveu uma das melhores temporadas da carreira, sendo peça fundamental no time catalão e se consolidando como protagonista em momentos decisivos. Sua regularidade e impacto ofensivo renderam votos expressivos, colocando-o na 5ª posição do ranking final — um feito relevante, já que há anos o futebol brasileiro não emplacava um jogador tão alto na lista da premiação.
Outro brasileiro lembrado foi Vinícius Júnior (Real Madrid). O atacante, bicampeão da Champions em temporadas anteriores e já consolidado como estrela do clube merengue, voltou a figurar entre os 30 finalistas, mas ficou fora do top-10 desta vez. A oscilação do Real Madrid no último ano e a ausência de títulos expressivos impactaram diretamente na votação. Ainda assim, a presença constante de Vini Jr. reforça sua condição de um dos jogadores mais influentes da atual geração.
O futuro também deu sinais de esperança para o Brasil. O jovem Estêvão, revelação do Palmeiras e já acertado com o Chelsea, foi indicado ao Troféu Kopa, prêmio destinado ao melhor jogador sub-21 da temporada. Apesar de não levar o título, sua inclusão entre os dez melhores jovens do mundo simboliza o reconhecimento internacional de um talento que começa a despontar e que pode figurar entre os protagonistas da próxima década.
No futebol feminino, duas brasileiras marcaram presença na lista das 30 finalistas da Bola de Ouro feminina. A eterna Marta (Orlando Pride), que segue sendo referência mundial, foi indicada novamente, mantendo o prestígio de seu nome mesmo em reta final de carreira. Já Amanda Gutierres (Palmeiras), destaque no cenário nacional, foi lembrada pela France Football, reforçando a ascensão do futebol feminino brasileiro e a valorização de atletas atuando no país.
Além das jogadoras, o Brasil também esteve representado entre os técnicos. Arthur Elias, comandante da Seleção Brasileira feminina, concorreu ao prêmio de Melhor Treinador do Ano. Sob seu comando, a equipe nacional deu passos importantes no processo de renovação e crescimento competitivo, o que garantiu visibilidade e reconhecimento internacional.
Apesar de não conquistar prêmios nesta edição, a participação brasileira foi ampla e significativa: Raphinha no top-5 do masculino, Vini Jr. entre os melhores do mundo, Estêvão entre as maiores promessas sub-21 e Marta e Amanda entre as principais jogadoras da atualidade. O resultado mostra que o país mantém representantes de peso no presente, ao mesmo tempo em que projeta um futuro promissor para voltar a brigar de forma mais direta pela Bola de Ouro nos próximos anos.